Cartazes > 600 unidades impressos em offset + 10
assinadas (70 x 47,5 cm cada)
Ao longo de cerca de 20 horas, ministrei todo o conteúdo do meu curso semestral — A fotografia e seus fantasmas — de forma ininterrupta e gratuita.
A obra tira seu nome do panfleto publicado pelo artista Ivald Granato em 1977, o qual anunciava, na tentativa de encontrar mecenato para seu trabalho: "Adote o artista, não deixe ele virar professor". Aqui, ao confundir a figura do artista e do professor, busca-se, pelo contrário, confrontar o estigma que faz da docência uma atividade "menor" no mundo da arte, uma saída reservada unicamente ao profissional que não obteve êxito em sua produção pessoal. Estigma este partilhado por muitos artistas.
Por isso, o gesto artístico não está em atribuir à docência a aura de uma experiência estética, ou em afirmar simplesmente que esta "aula infinita" é uma performance. Trata-se, antes, de valer-se estrategicamente do contexto de uma exposição de arte para dar acesso gratuito a um curso que tem um custo geralmente restritivo. E assim, por meio de uma brecha fugaz em sua programação, recordar ao público do Parque Lage a vocação fundamental do lugar onde se encontra: a de ser, não um museu, mas uma escola livre de arte.
Cartazes anunciaram com antecedência a programação completa da aula, hora por hora, atravessando a noite e o dia seguinte, com temas específicos, debates, e projeções de filmes.
A obra tira seu nome do panfleto publicado pelo artista Ivald Granato em 1977, o qual anunciava, na tentativa de encontrar mecenato para seu trabalho: "Adote o artista, não deixe ele virar professor". Aqui, ao confundir a figura do artista e do professor, busca-se, pelo contrário, confrontar o estigma que faz da docência uma atividade "menor" no mundo da arte, uma saída reservada unicamente ao profissional que não obteve êxito em sua produção pessoal. Estigma este partilhado por muitos artistas.
Por isso, o gesto artístico não está em atribuir à docência a aura de uma experiência estética, ou em afirmar simplesmente que esta "aula infinita" é uma performance. Trata-se, antes, de valer-se estrategicamente do contexto de uma exposição de arte para dar acesso gratuito a um curso que tem um custo geralmente restritivo. E assim, por meio de uma brecha fugaz em sua programação, recordar ao público do Parque Lage a vocação fundamental do lugar onde se encontra: a de ser, não um museu, mas uma escola livre de arte.
Cartazes anunciaram com antecedência a programação completa da aula, hora por hora, atravessando a noite e o dia seguinte, com temas específicos, debates, e projeções de filmes.
Aula pública > vistas do auditório da Escola de Artes
Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, 2016
+ Textos críticos > Interpelar el presente – hacer resistencia
por Lisette Lagnado e Mônica Hoff